MUSICA

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

A afabilidade e a doçura.

6. A benevolência para com os seus semelhantes,
fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a
doçura, que lhe são as formas de manifestar-se.
Entretanto, nem sempre há que fiar as aparências.
A educação e a frequentação do mundo podem
dar ao homem o verniz dessas qualidades. quantos
há cuja fingida bonomia não passa de máscara para o
exterior, de uma roupagem cujo talhe primoroso
dissimula as deformidades interiores! O mundo está
cheio dessas criaturas que têm nos lábios o sorriso
e no coração o veneno; que são brandas, desde que
nada os agaste, mas que mordem à menor contrarieda-
de; cuja língua, de ouro quando falam pela frente, se
muda em dardo peçonhento, quando estão por detráz.
A essa classe também pertencem esses homens, de
exterior benigno, que, tiranos domésticos, fazem que
suas famílias e seus subordinados lhe sofram o peso do
orgulho e do despotismo, como a quererem desforrar-se
do constrangimento que, fora de casa, se impõem a si
mesmos. Não se atrevendo a usar de autoridade para com
os estranhos, que os chamariam á òrdem, acham que pelo
menos devem fazer-se temidos daqueles que lhe não
podem resistir. Envaidecem-se de poderem dizer:
"Aqui mando e sou obedecido," sem lhe acorrer que
poderiam acrescentar: "E sou detestado."
Não basta que dos lábios manem leite e mel. Se o
coração de modo algum lhes está associado, só há
hipocresia. Aquele cuja afabilidade e doçura não são
fingidas nunca se desmente: é o mesmo, tanto em
sociedade, como na intimidade. Esse, ao demais, sabe
que se, pelas aparências, se concegue enganar os homens,
a DEUS ninguém engana. - Lázaro. ( Paris, 1861.)
..................................................................................................................
Texto Extraido do O EVANGÉLHO SEGUNDO O ESPIRITISMO.
Capitulo IX INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS.

Nenhum comentário:

Postar um comentário